segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O real e o irreal na moda


Desfiles, coleções, tecidos, luzes, imensidão de modelos, estilistas e clientes são parte do ambiente da moda. Mas o que poucas pessoas se questionam é de onde se deu a origem de uma tendência e de uma peça de roupa. Alucinações?Viagens?Situação econômica?Anos 70?Jeans?Realidade ou sua ausência?

A calça jeans, por exemplo, tão popular e quase que uma segunda pele das pessoas surgiu a partir de uma realidade nem um pouco glamorosa. Levi Strauss, um imigrante alemão, em meados do século XIX estava nos EUA e juntamente com Jacob Davis (da Letônia) resolveram transformar em roupa a lona que era usada na cobertura de barracas. No início a calça jeans era de cor marrom e primeiramente usada por mineradores.

“Foi de Davis a idéia de colocar rebites de cobres para reforçar as calças que fabricava, usando tecido fornecido pelo comerciante Levi Strauss. Strauss foi quem registrou a invenção da peça que, logo, começou a ser produzida com brim azul, sob a marca Levi's. Em 1890, a Levi's criou seu modelo mais famoso, a calça 501.”

E o que podemos falar das estampas psicodélicas dos anos 60 e 70?São reais?Sua origem vem do irreal que são reflexos dos efeitos de substâncias ilícitas que proporcionam alucinações e mudanças de percepções. Muitos designers afirmavam escolher sua palheta de cores a partir de suas experiências visuais com o LSD. Um dos designers mais famosos desse período foi Wes Wilson, destacando-se na produção de peças gráficas para shows de rock.

Tanto a calça jeans quanto as estampas psicodélicas estão presentes até hoje na moda e tiveram sua ascensão na mesma época.

E o resultado de jeans + psicodélico foi o comercial da Levi’s "Evolution” (vídeo abaixo). Nele fica evidenciado o apelo psicodélico utilizado no comercial para o jeans que é a junção do real com o irreal.



Fontes:

http://wwwusers.rdc.puc-rio.br/ednacunhalima/2006_1_2/clarissa/Anos%2060.htm

http://manequim.abril.com.br/moda/historia-da-moda/historia_da_moda_277858.shtml

http://loveorletdie.com/2010/09/22/o-apelo-psicodelico-da-levis-nos-anos-70/

http://artifactsofrock.com/t

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

DE QUEM SERÁ ESSE ENTULHO?


Aproximando-se de uma caçamba localizada na Rua São Paulo, de frente com o restaurante Degraus, próxima as instalações da Uniara, encontramos ela: “A CAÇAMBA”.
Ficamos curiosos para saber o que encontraríamos la dentro?....
A curiosidade durou pouco, apenas os minutos que esperávamos o sinal abrir e atravessarmos a rua. Parecíamos detetives nossos olhos arregalados pularam pra dentro... Iupiiiiiiiiiiiiiii....
Em poucos segundos podemos perceber cimentos, mármores, pedaços de paus entre outros restos de materiais de construção, o que era obvio encontramos dentro deste local. Continuando com o tema construção encontramos uma calça cheia de cimento. como A imaginação é fértil, começamos a imaginar uma pedreiro correndo só de ceroulas....Digamos que não seria bonito de se ver...PUFT, resolvemos estourar o balãozinho de pensamentos e ir direto ao ponto que mais nos intrigava.
Havia a presença de vários elementos desconhecidos. Se a caçamba fosse a terra seriam extraterrestres! Se fosse uma balada de rock seria um pagodeiro! Se fosse um caminhão de "Coca-cola" seria uma "Pepsi"! O que uma garrafa de "Smirnoff", e uma embalagem de "Marlboro" faziam dentro daquela caçamba? E a pergunta que não queria calar não saia de nossa cabeça. De quem será esse entulho?
Logo surgiram algumas deduções, que o pedreiro de ceroulas podia ter bebido e por isso ter saído correndo sem calças. Não achamos ser tão obvio e começamos a pensar que a garrafa e o cigarro seria de um estudante, que obvio estava no bar, resolveu beber e fumar por falta de lixo sendo muito educado jogou dentro da caçamba mesmo.
Pausa, enquanto pensamos tudo isso algo estranho acontecia eis que chega perto da caçamba um homem falando: - jfhuerhir. O quê? Também não entendemos não que ele falava em outra língua, mas estava mais pra lá do que pra cá e o que ele procurava lá dentro? È um grande ponto de interrogação vermelho, pois ele observou, observou e não levou nada. Ufa! Não era o dono da calça.
Play, se a garrafa e o maço de cigarro (vazio) era d um aluno, de que curso ele era? Ele, porque não ela? Grande, pequeno? Gordo, magro? Branco,preto, amarelo, pardo? O que será que estava fazendo no bar? Por que bebes? Por que fuma? A cabeça não parava de criar perguntas e as letras iam saindo da nossa boca para reproduzi-las, palavras e mais palavras. E a dúvida continuava: “DE QUEM SERÁ ESTE ENTULHO”?

(Em breve colocarei a imagem que esta em construção para esse post!)

Retornando ao real

O que é real?
Imagens corretas?
O que o mundo nos sujeita, afinal?
Imagens imperfeitas?

E o que é ser livre?
Se dar conta da responsabilidade?
O irreal gira e gira
O real gira em torno da diversidade!

O que o espera lá fora?
Quais são suas expectativas?
Fugir de onde ele mora,
Lhe tirará a vida?

Nem toda imagem é lembrança,
Lembrança de um passado seguro,
O que imaginava em sua vida,
Com o teu abstrato futuro?

De onde surgiram as perguntas,
venho responder desse jeito,
Nem tudo é como queremos,
Temos o imperfeito PERFEITO!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Escada da Vida

A partir do pensamento de ir além...

Lutou contra ventos e tempestades

Teve fé no que buscara

E não temeu em tentar novamente!

Diante da oportunidade

De ver além

Permitiu-se

E decidiu

Arriscar-se

Apenas um passo...

Pois sentimento verdadeiro


LIBERTA!



segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A sociedade do espetáculo

Há 3 segundas - feria que minha professora de Redação e Hipertexto,Carol,propôs a mim e aos meus colegas de sala que escrevêssemos algo sobre o filme” A Sociedade do Espetáculo” de Guy Debord.
E o que esse filme tem a ver com você?Com o blog?Com manipulação?TUDO!
Neste filme Debord nos apresenta (e tenta nos manipular a detestar o capitalismo)sobre manipulação midiática.
Ele ironiza a sociedade como “sociedade do espetáculo” mostrando que espetáculo é a realização de produtores e nos conecta a idéia de que nos muitas vezes produzimos cenários no momento em que escolhemos o que fazer e aonde fazer. E sendo assim o irreal pode tornar-se real e o real em irreal.
Confuso?Não!Vemos um produto na TV ou uma noticia que antes era irreal e após um tempo ele torna-se real!
Esse irreal pode muitas vezes ser semelhante à nossas fantasias. Publicitários,o sistema capitalista, a moda,o padeiro da esquina e até uma música, ganham algumas vezes nossa atenção através de nossas fantasias.
Os meios de comunicação em geral usam da nossa fantasia para nos mostrar algo que possa ajudar para que nossa fantasia se concretize ou se potencializem.
A grande questão é que todos nos saibamos dessa intenção de manipulação e que possamos escolher qual delas tem a ver com o que queremos e somos em nossas vidas.

terça-feira, 15 de junho de 2010

A democratização da moda e sua história


Observando os desfiles atuais venho percebendo que a moda virou espelho da nossa sociedade.A democracia que ganhamos na nossa história também esta presente na história da moda.
Antes da existência da moda as vestimentas eram divisores de águas.Pela roupa era fácil perceber sua colocação no nível social, econômico e cultural.
Com o surgimento da moda no séc. 20 ,depois da 1ª Guerra Mundial, mesmo que ainda mantenha algumas características marcantes, as roupas e a postura da mulher foram elementos de maior mudança.Graças a música e ao momento histórico a mulher ganha uma roupa com mais movimento, mais leve, mais feminina e com maior liberdade.Mas mesmo assim a moda ainda continuou dando ênfase apenas para as pessoas com maior poder aquisitivo.
Já nos anos 60 após 10 anos da 2º Guerra Mundial a moda juntamente com a época caminha para o foco no jovem, as peças já não eram mais “únicas”, a moda era não seguir a moda.Os anos 60 definitivamente mudou o mundo a moda conseguiu se libertar e dar espaço ao novo e a contracultura.
“No final dos anos 60, de Londres, o reduto jovem mundial se transferiu para São Francisco (EUA), região portuária que recebia pessoas de todas as partes do mundo e também por isso, berço do movimento hippie, que pregava a paz e o amor, através do poder da flor [flower power], do negro [black power], do gay [gay power] e da liberação da mulher [women's lib]. Manifestações e palavras de ordem mobilizaram jovens em diversas partes do mundo.
A moda passou a ser as roupas antes reservadas às classes operárias e camponesas, como os jeans americanos, o básico da moda de rua. “Nas butiques chiques, a moda étnica estava presente nos casacos afegãos, fulares indianos, túnicas floridas e uma série de acessórios da nova moda, tudo kitsch, retrô e pop.”
Já nos anos 80 ,vemos “a geração dos filhos dos anos 60” ,que bem educados exageraram com a liberdade e até mesmo ultrapassaram os níveis de harmonia visual, usando muitas cores fortes e altamente diferentes e exóticas.

Hoje vemos o resultado de tudo isso, a alta tecnologia ,a democratização econômica e social. Preços variados para todos os bolsos, roupas de todos os gostos e estilos.
Chegamos a uma democratização bacana, porém a criatividade individual ainda tem que ganhar mais força para podemos falar que a moda esta definitivamente democrática.


terça-feira, 1 de junho de 2010

Fashion Rio Verão 2011 – 1º dia parte I




Hoje para contrastar com o último dia que está acontecendo do Fashion Rio Verão, irei comentar sobre o que me interessou sobre os desfiles do 1º dia (que recomendo que assintam no http://gnt.globo.com/Estilo/Desfiles/).
Começando pelo desfile de Walter Rodrigues
Um desfile encantador pela sua simplicidade, objetividade e extrema elegância.
Inspirado no continente africano Walter deu um up total misturando as tendências do presente com a cultura africana. Roupas lisas e estampadas com florais, gráficos e xadrez nas cores marrom, branco, areia e marinho e em tons neutros.
Sendo assim obviamente os acessórios (estilo africanos)com cores em destaque como o vermelho e o verde.E na cabeça arranjos de flores ,simples e maravilhosos,achei o chapéu de "palha pet" (feitos de material reciclado) uma super idéia pois a conciência ecológica tem que rolar também nas passarelas.
O estilista optou por modelos negras em todo seu desfile para retomar a polêmica de cotas das modelos negras, achei bacana ele retomar essa questão pois não gosto de cotas para negros nem na passarela nem fora delas.
A dinâmica das portas no cenário é perfeita e a escolha das cores também!
(Amanhã postarei os demais desfiles do 1º dia ok?!)